Início Pastoral O Deus Desconhecido – Parte II
O Deus Desconhecido – Parte II
Atos 17. 16-34
Introdução:
- Paulo faz duas afirmativas sobre o Deus Desconhecido no areópago de que em primeiro lugar: O Deus Desconhecido não é um Deus impessoal, ao contrário fez este mundo e se preocupa com ele; em segundo lugar: O Deus Desconhecido não é um Deus indiferente, mas sim um Deus que se preocupa com a nossa vida.
- Agora Paulo aprofunda a sua reflexão com os seus ouvintes dizendo no v. 30-31, que Deus não leva em conta o nosso grau de ignorância, mas ordena que todos os homens e em todos os lugares se arrependam. Pois determinou um dia para o juízo e que julgará com justiça. Sendo que a garantia disso foi ao ressuscitar o seu Filho, Jesus Cristo. - Mas, quando os epicureus e estóicos ouviram falar em ressurreição de mortos, uns zombaram, e outros disseram: Sobre isso te ouviremos em outra oportunidade. Isto caiu no areópago de forma impactante. Por quê? O que Paulo estava afirmando a crença dos epicureus e estóicos?
1. O Deus Desconhecido não é um deus do prazer pelo prazer
- O teólogo Willian Baclay em seu comentário de Atos dos Apóstolos define a crença dos filósofos epicureus assim:
1.1 – Eles acreditavam que tudo o que acontecia era fruto do acaso;
1.2 – Eles acreditavam que a morte era o fim de tudo;
1.3 – Eles acreditavam que o fim principal do homem era o prazer pelo prazer.
- Isto quer dizer que o que importava era o aqui e o agora. A intensidade do prazer estava na vida intelectual, física e material.
O que importava era tão somente o prazer de hoje. A maneira de viver era: “...comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (1 Coríntios 15.32). O ápice deste pensamento se deu na década de 70 com o slogan: “É proibido proibir”.
Aplicação:
-Vivemos numa sociedade onde o deus é o prazer , é a plena satisfação física, intelectual e material. Tem muita gente levantando altares à divindade “pornografia”, “financeira”. Jesus nos conta em Lucas 12.13, a história de um homem muito rico e que armazenou todos os seus bens para vários anos e então disse a si mesmo: “Armazenas-te muitos bens para vários anos, descansa minha alma, come, bebe, alegra-te. Mas, Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua vida, o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que ajunta tesouro para si”.
2. O Deus Desconhecido não é um deus fatalista
- Paulo está confrontado os estóicos que viam a vida, o destino como algo implacável, nada e ninguém podiam mudar o curso das coisas.
- O pensamento desta religião é que quanto ao destino não há nada o que fazer. Tudo o que resta ao homem é conformar-se com a situação. Não há esperança. Não adianta lutar. Não adianta clamar. Não há luz no fundo do túnel.
- Esta forma de ver a vida apaga a esperança, destrói sonhos e gera conformismo. Paulo desafia a crença estóica dizendo (v. 26-31), que o Deus desconhecido é o Senhor da história, pois Nele nos movemos, existimos e vivemos. Isto quer dizer que existe um sentido para as nossas vidas. Fomos gerados em Deus, e que Deus determinou que um dia julgará com justiça o mundo. Isto é, a história tem um final, onde Deus em Cristo restaurará todas as coisas.
Aplicação:
- Esta mensagem é extremamente atual, porque tem gente que diante dos problemas já aceitou a decretação da desgraça na sua vida. Gente que acha que não há mais jeito para sua vida. Já desistiu de lutar. Já aderiu ao ditado: “Pau que nasce torto, não tem jeito, tem que morrer torto”. Ou a síndrome da Gabriela: “ Eu nasci assim, eu vivi assim, vou morrer assim”.
- Mas sua vida não está nas mãos de um deus fatalista e que nada pode mudar o curso da sua vida. A nossa vida está nas mãos do Deus Desconhecido. Ele é o Deus que muda as circunstâncias.
- Ver Lucas 8:49 ( A filha de Jairo – “Talita cume”)
- Ver Lucas 7.7 ( O servo do centurião “ manda apenas uma palavra”)
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