Ao anunciar aos judeus que teria vindo dar cumprimento à lei, muitos entenderam que Jesus seria um novo Moisés, a se ocupar com obrigações, rituais, liturgias e ofertas. A idéia ainda está em bom número de igrejas, apesar de todo o esforço que se fez na Reforma, para que se entendesse que Cristo não tem qualquer interesse por tais coisas. São muitas as passagens em que o Senhor modifica a lei, mostrando que doravante, ela deixaria o campo das obrigações, para se tornar guia das consciências. É o caso do “não matarás”, transformado em “qualquer que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo”; o “não adulterarás”, em “se pensares com cobiça em alguém que não seja seu cônjuge, já cometeste adultério” etc. Jesus veio mudar os tempos estabelecendo com o povo de Deus uma Nova Aliança. Sua vida, seu martírio e sua glória estão narrados nos evangelhos. A história das primeiras comunidades, e seus principais personagens, no livro Atos. As instruções dos apóstolos, nas epístolas, principalmente nas cartas de Paulo, Pedro e João. É o Novo Testamento, com toda a sua força de liberdade e salvação, que deve ser, ou pelo menos deveria ser objeto da atenção de todos os que se dizem crentes.
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