O sacerdote Georg Ratzinger, irmão do papa Bento 16, pediu perdão aos rapazes do coro da catedral de Regensburg e reiterou, em entrevista à imprensa alemã, que não tinha conhecimento dos casos de abusos sexuais cometidos na instituição. Em declarações ao jornal "Passauer Neue Presse", na edição desta terça-feira, Ratzinger disse lembrar-se que os garotos chegaram a falar de algumas histórias sobre a escola que frequentavam. Contudo, na época, não acreditou que deveria intervir, já que esta entidade era autônoma. Ainda de acordo com a publicação, o irmão do papa recordou que naquela época as punições físicas eram comuns nas escolas --afirmando que ele mesmo chegou a dar alguns tapas durante os anos 70--, mas sentiu-se "aliviado" quando tais agressões foram proibidas no início da década seguinte."Se soubesse com qual exagerada violência se agia, já teria dito alguma coisa", reiterou o religioso, que permaneceu à frente do coral da cidade alemã de 1964 a 1994.Os crimes cometidos no âmbito da catedral alemã vieram à tona na última semana, quando o bispo de Regensburg, Gerhard Ludwig Muller, divulgou uma carta destinada aos pais das vítimas. Dois religiosos desta diocese já foram condenados --um deles atuou como professor de religião, foi vice-diretor da escola e foi removido do cargo em 1958.No fim de semana, Muller afirmou que os crimes foram cometidos na década de 1950 e não dizem respeito ao período correspondente à direção de Georg Ratzinger.
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