Moishe Rosen fundou e liderou uma das organizações religiosas mais polémicas das últimas décadas, um ministério cristão evangélico, liderado por judeus e direccionado a judeus. Foram muitas as ocasiões em que Moishe Rosen ou os seus missionários foram ameaçados fisicamente pelas suas atividades. A sua organização, fundada em 1973 em São Francisco, nos Estados Unidos, continua a ser liminarmente rejeitada pela comunidade judaica internacional e olhada de lado por muitas organizações cristãs. Nascido e criado judeu, Rosen converteu-se ao Cristianismo em 1953, mas recusou-se a aceitar que a fé em Jesus o obrigaria a abandonar certas práticas religiosas mais associadas ao judaísmo, tal como o jejum do dia de Yom Kipur ou a ceia de Páscoa ao estilo judaico. Desta sua convicção nasceu Judeus por Jesus, uma organização missionária dedicada a divulgar a boa-nova cristã aos judeus. Embora o grupo aceite membros que não são etnicamente judeus, por uma questão de princípios apenas envia em missão judeus ou pessoas casadas com judeus. Moishe liderou a organização até 1996. Morreu a semana passada de cancro e foi sepultado envergando o Talit, um xaile com que alguns judeus se cobrem para rezar. Esta forma de proselitismo, que é rejeitada pela Igreja Católica e mal vista em muitos países com uma significativa população judaica, fez-se acompanhar sempre de polémica, que resultou em vários casos nos tribunais de diversos países. A organização, que tem filiais em muitos países, incluindo o Brasil (www.judeusporjesus.org.br), publica um boletim que, alega, é enviado para mais de 200 mil pessoas. Fonte: Rádio Renascença
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