terça-feira, 14 de setembro de 2010

A força da Mulher !!!

Preconceito e discriminação. Tais palavras refletem com precisão algumas condutas, palavras e preceitos, dirigidos e relacionados com a participação da mulher na sua vida em família e em sociedade no Antigo Testamento. A mulher é forte. A prova disto encontra-se nos registros bíblicos, que nos revela a força com que superou as adversidades e a opressão de uma sociedade patriarcal e machista.
FORÇA PARA VENCER OS PRECONCEITOS
No Pentateuco (Gênesis a Deuteronômio), as mulheres são quase sempre identificadas por meio dos homens que são seus pais, maridos, filhos, etc. Sara, Mulher de Abraão (Gn 16)- Rebeca, a esposa de Isaac (Gn 25)- Tamar, a nora de Judá (Gn 38)- Asenate, filha de potífera e mulher de José (Gn 41)- Zípora, filha de Jetro, mulher de Moisés, mãe de Gérson (Ex 2)- Eliseba, filha de Aminadabe, mulher de Arão(Ex 6)- Miriam, irmã de Arão (Ex 15)- Joquebede, a mãe de Moisés (Nm 26) Nos Livros Históricos (Josué a Ester), além de continuarem sendo identificadas pelos homens, a quem estão ligadas, elas tornam-se anônimas; A concumbina anônima de Gedeão (Jz 8)- A filha anônima de Jefté (Jz 11)- A esposa anônima de Manuá (Jz 13 - 14)- A esposa anônima de Sansão (Jz 14)- A mãe anônima de Mica (Jz 17)- A esposa anônima de Finéias (1Sm 4)- A serva anônima que salvou Davi (2Sm17)- A esposa anônima de Jeroboão (IRs 14)- A viuva anônima de Serepta (1Rs 17)- A sunamita anônima (2Rs 4)- A empregada anônima e a esposa anônima de Naamã (2Rs 5) O valor de uma mulher era geralmente associado a sua capacidade de gerar filhos. Quando isto não acontecia, eram rejeitadas pela sociedade (2Sm 6.23, etc.). As mulheres só podiam ter um marido (1Sm 25.44), enquanto um homem podia normalmente possuir muitas mulheres (Gn 16; 25; 29; Jz 8.30; 2Sm 1.2; 1Sm 18.27;25.42-43; 2Sm5.13; 1Rs 3.1; 11.3). As mulheres eram consideradas propriedades dos homens (Nm 31.9; Dt 21.11-13; 1Sm 14.49-50; 2 Sm 3.2-5; 1 Rs 4.11-15; 2Rs 12.2). A Mulher não podia decidir com quem se casaria. A decisão era tomada pelos homens interessados (Jz 14.20; I Sm 25.44; 2Sm 3.15-16). As mulheres eram as maiores vítimas da violência sexual (Gn 34.1-2; Jz 19; 2 Sm13). Uma filha poderia ser vendida como escrava (Ex 21.7). O pedido de divórcio era exclusividade dos homens (Dt 24.1-4), que segundo as escolas dos Rabinos Akkiba e Hillel, poderia pedi-lo por qualquer motivo, banal que fosse. No caso de uma mulher ser estéril, poderia ceder uma escrava para dar filhos ao seu marido (Gn 16.1, 2). No caso de um marido estéril, o mesmo não acontecia. As mulheres só herdavam propriedades e bens dos maridos ou pais, na ausência de um herdeiro masculino (Nm 27.7-8). O voto de uma moça ou de uma mulher casada não tem validade, a não ser pelo consentimento do pai ou do marido, que podem também anulá-lo (Nm 30.4-17). A mulher viúva, visto que não se encontrava ligada a qualquer homem, era marginalizada pela sociedade (Sl 109.9). Seus filhos, apesar de terem mãe, eram considerados órfãos (Jó 24.9). As mulheres não comiam com os homens, mas ficavam em pé servindo-os à mesa. Era impróprio para um israelita falar com uma mulher na rua (Jo 4.27). No século II d.C., o Rabi Meir criou a seguinte oração “te agradeço ó Senhor, por não ter-me feito um gentio, um escravo, ou uma mulher”.

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