Asia Bibi foi denunciada por muçulmanas que não queriam beber a mesma água que ela.Um tribunal do Paquistão condenou à morte nesta quinta-feira (11) uma mulher cristã, mãe de cinco filhos, acusada de blasfêmia. O veredito provocou a revolta de grupos de defesa dos direitos humanos. Asia Bibi, de 45 anos, recebeu sua sentença em uma corte de Nankana, na Província central de Punjab. O Paquistão jamais executou um réu por blasfêmia, mas o juiz ditou a condenação com base em leis locais provenientes da sharia, o código penal muçulmano. O processo de Asia começou em junho de 2009, quando ela foi buscar água enquanto trabalhava no campo. Um grupo de camponesas muçulmanas protestou, argumentando que uma mulher não-muçulmana não deveria tocar o jarro d'água do qual elas também beberiam. Dias depois, o grupo de muçulmanas procurou um clérigo local e denunciou Asia, indicando que ela teria feito comentários depreciativos sobre o profeta Maomé. O sacerdote, por sua vez, procurou a polícia local e uma investigação foi aberta. Asia foi presa no vilarejo de Ittanwalai e indiciada sob a seção 295 C do Código Penal paquistanês, que inclui a pena de morte. Asia deve ser enforcada O juiz Navid Iqbal, que a condenou à morte por enforcamento, "excluiu completamente" qualquer hipótese de que a ré tivesse sido falsamente acusada, afirmando que não há "circunstâncias atenuantes" no caso.
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