O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que os pais de Juliana Bonfim da Silva, a rapariga que morreu porque os pais que são Testemunhas de Jeová proibiram uma transfusão sanguínea, vão ser acusados de homicídio. «Nós não fizemos nada de errado», diz Hélio Vitório dos Santos, pai da menina de 13 anos, de acordo com a «Terra Magazine», a quem deu uma entrevista. «Nós não aceitamos a transfusão e não vamos aceitar nunca», admite. As Testemunhas de Jeová não aceitam transfusões sanguíneas. O pai de Juliana afirma que não foi devidamente informado sobre a situação da filha e que não foi avisado que poderia ter de responder perante a Justiça. Responsabiliza ainda o hospital pela morte da filha porque lhe receitou o medicamento errado. Hélio Vitório dos Santos diz que a própria filha não queria fazer a transfusão. «A Bíblia ensina-nos. Jeová não aceita. Deus não aceita. É uma coisa sagrada para nós», diz. Também o médico que atendeu Juliana vai ser acusado em tribunal por suspeita de ter interferido contra a transfusão por também ele ser Testemunha Jeová. Nos dias de hoje, é certo deixar uma pessoa morrer por princípios religiosos?
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