Quando se fala em justiça para uma vida melhor, é natural que pensemos na justiça segundo o ponto de vista dos homens. E, sem dúvida, ninguém poderia ir contra o esforço que a sociedade faz para aperfeiçoar suas leis em busca de uma melhor justiça para todas as pessoas. Que sigam nesse esforço. Mas, ao dizer que o justo viveria da fé (Romanos, 1:17), Paulo estava se referindo a um outro tipo de justiça, aquela que vem pela fé no Filho de Deus. Infelizmente a justiça da fé é muito pouco compreendida pelos crentes, que a confundem com a justiça da lei. Pode parecer que se está fazendo chover no molhado, que o assunto já foi devidamente discutido; mas a triste situação em que se encontram as igrejas cristãs, envolvidas com obras e obras, mostra que não são muitos os que compreendem o que quer dizer ser livre e justificado pelo espírito de Cristo. Se eles necessitam de obras para sustentarem sua fé, naturalmente não foram considerados justos. Os justos não precisam de nenhuma obra para agradar a Deus. Ao conhecermos a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, não podemos deixar de aceitá-Lo sem qualquer restrição, nem pensar que ao presenteá-Lo com alguma dádiva desse mundo, estamos facilitando a nossa salvação. Tal coisa não é verdadeira. Ao contrário, é uma enganosa obra do diabo. Estamos impregnados do espírito que guiava os judeus nos tempos de Cristo. Achamos que ofertas, dízimos e obrigações, são agradáveis a Deus e que, de algum modo, é possível facilitar nossa entrada no Reino. É preciso mudar essa postura em ritmo de urgência e, já que não é possível mudar as igrejas, mudemos os corações. Afinal, da soma dos corações, constitui-se a igreja. De outro modo, seremos surpreendidos pelos eventos que vão transformar o mundo. Não teremos as mínimas condições de receber o testemunho de Cristo, para mostrar aos homens que é chegado o dia do Senhor.
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