Depois que Israel divulgou que abria o local onde Jesus foi batizado no Rio Jordão para visitação a Jordânia resolveu protestar e dizer que o local onde realmente aconteceu o batismo está localizado a 40 quilômetros de Amã, na margem oriental do rio e não no território palestino da Cisjordânia ocupada pelo exército israelense. “Falamos de um lugar sagrado que foi estabelecido e já é reconhecido pelo mundo cristão”, disse à Agência Efe o diretor do chamado “Local do Batismo na Jordânia”, Diaa Madani que ainda acrescentou: “A religião não deveria se misturar com a política e a geografia, nem desembocar em uma competição secular”. Israel chegou a mudar o nome do local para atrair turista, o ponto que era chamado de Igreja de Judith foi renomeado como Igreja do Batismo. Essa atitude irritou as autoridades jordanianas. Madani disse que este movimento israelense esconde “conotações políticas” e vai contra as visitas que os papas João Paulo II, em 2000, e Bento XVI, em 2009, fizeram à Jordânia, como parte de suas excursões pela Terra Santa. Além disso, o diretor acrescentou que seu país desenvolveu o Lugar do Batismo em 1997, após o acordo de paz com Israel, em 1994, firmado depois de 50 anos de hostilidades. Entre as igrejas que já reconheceram o local na Jordânia estão a Anglicana, a Luterana, a Ortodoxa Copta do Egito e a Ortodoxa de Jerusalém. Fora disso, 13 igrejas e mosteiros estão sendo construídos na região. Até o Papa Bento XVI, durante uma visita realizada em 2009, colocou a primeira pedra para duas igrejas no local, uma da Igreja Católica Grega e outra da Igreja Católica Romana.
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