Senhor, tu me sondaste, e me conheces… Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos (Salmo 139:1 e 23).Deus conhece a fundo todo o que nos diz respeito. Tal pensamento é insuportável para quem não tem paz com Deus. Como escapar desse olhar penetrante? “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (v. 7). Dia e noite, em cima e embaixo, “nas extremidades do mar”, em todas as partes, a mesma presença invisível nos cerca. Para não pensar nisso, se pode multiplicar as atividades, os argumentos, as viagens, distrações, sem, contudo, apaziguar a consciência. Porém, sob essa indescritível luz, aquele que se inclina diante da grandeza de Deus percebe que sua existência é obra do Criador: “Maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (v. 14). Então reconhece sua própria insignificância, escuta a Palavra de Deus e admira os pensamentos divinos. A formação do corpo no ventre materno nos surpreende, quanto mais o nascimento da alma na nova vida recebida por graça e fé! O que fugia dos olhos divinos agora se aproxima de Deus. Ao invés de temer ser sondado por Deus, aquele que crê pede para que Deus o esquadrinhe, a fim de que nada possa alterar a paz e a alegria de ter comunhão com o Salvador. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração” (v. 23). Viver na luz é a doce liberdade dos filhos de Deus. Não ter nada a esconder nem a temer; que fantástico!
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