Do alto de Tel Kinrot, uma colina perto do mar da Galileia, Winston Mah virou o rosto para a direita e viu bananais na borda do lago de água doce e calma. À sua esquerda, na colina oposta, está o majestoso Monte em Tabga, onde, segundo a tradição cristã, Jesus fez o famoso Sermão do Monte. “Esta é uma experiência única”, disse o peregrino, olhando para um pescador solitário na beira da água. “Esta é a visão que Jesus deve ter visto, o caminho que pode ter caminhado, a água sobre a qual ele andou. É um privilégio andar em seus passos.” “Uma coisa é ler sobre os lugares bíblicos sentado em um banco da igreja”, disse Mah. “Mas é completamente diferente estar nos lugares mencionados na Bíblia”, concluiu com a voz cheia de admiração. Um grupo da igreja de Winston Mah estava entre os primeiros turistas a conhecer a recém-inaugurada “Trilha do Evangelho”, que se estende por 39 quilômetros de vias integradas na região da Galileia. Criado pelo Ministério do Turismo de Israel e o Fundo Nacional Judaico, o projeto tem o apoio total de líderes cristãos, cujos rebanhos se beneficiam dessas opções turísticas. “Nossa esperança é que esta trilha trará muito mais peregrinos cristãos para a Galiléia, onde Jesus viveu e desenvolveu a maior parte do seu ministério”, disse o bispo Boutros Muallem, o arcebispo emérito da Galileia, que participou de abertura festiva da trilha a bordo de um barco no Mar da Galileia. Cerca de 150 mil cristãos árabes vivem em Israel, a grande maioria deles na região da Galileia, no norte do país. Muitos cristãos emigraram para a Terra Santa vindos de diferentes lugares no Oriente Médio, em busca de estabilidade econômica e de paz. Agora que a situação política está relativamente calma, e um número recorde de turistas visita Israel, os cristãos locais estão se beneficiando com o comércio, apontam as estatísticas do governo.
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