A menina Naama Margolese, de apenas 8 anos, com seus óculos de grau e rabo de cavalo não parece representar perigo algum. Mas ela afirma que é diariamente submetida a insultos e perseguições por alguns membros da comunidade judaica ultra-ortodoxa. Ela revelou aos repórteres ter medo de ir para a escola porque é alvo constante de agressões e chegou inclusive a ser apedrejada. Segundo a imprensa israelita, tais atos são justificados pelas roupas que ela usa, consideradas “ousadas demais”. O caso de Naama está, mais uma vez, chamando atenção para o abuso e à segregação sofrida pelas mulheres na comunidade judaica. Nesta segunda-feira, a cidade de Beit Shemesh, próxima a Jerusalém, foi palco de graves conflitos entre judeus ultra-ortodoxos e a polícia. Tudo começou quando os policiais tentaram retirar vários sinais espalhados pelas ruas e que ordenavam a discriminação contra as mulheres. A polícia reforçou as patrulhas nessa cidade por causa da forte tensão provocada depois que vários manifestantes foram presos. No último domingo, uma equipe de TV israelense sofreu agressões ao filmar as placas que pedem para as mulheres não pararem em frente a sinagogas. Por toda a cidade existem cartazes que ordenam às mulheres a se vestirem “modestamente”, segundo os princípios do judaísmo ultra-ortodoxo. Uma parcela da população tem uma visão rigorosa da necessidade de separação entre homens e mulheres.
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