O relatório divulgado recentemente pelo Grupo Barna, um instituto cristão de pesquisas, com sede na Califórnia, tentou analisar a experiência de cristãos ativos em suas igrejas. Um terço das pessoas que frequentam a igreja diz que nunca experimentou uma “ligação pessoal e real” com Deus, indica a pesquisa. Durante a publicação do estudo, o Grupo Barna explica que considera o desenvolvimento deste relacionamento com Deus “o resultado mais importante da frequência aos cultos”. Mesmo que muitos acreditem não terem alcançado esse objetivo, os que afirmam possuir essa ligação dizem que é raro percebê-la durante os cultos. Entre os entrevistados, 66% disse que desfrutavam dessa relação pessoal com Deus durante o culto. Apenas 18% dos entrevistados disse que percebe a presença clara de Deus em suas vidas ao menos uma vez por mês, enquanto 44% afirmam sentir essa presença toda semana. Whitman Toland, pastor fundador da Igreja C3 em Greensboro, Carolina do Norte, diz que se as igrejas querem ver as pessoas se relacionarem melhor com Deus, devem se preocupar menos com o templo e sua programação e mais com o que é ensinado durante o culto. O pastor diz que muitas igrejas hoje em dia sabem como atrair as pessoas, “mas sua mensagem é fraca. Muitas vezes os pastores tentam fazer as pessoas ligar-se intelectualmente com Deus, mas o que você tem de fazer é procurar a vontade de Deus e confiar nele. Eu acho esse problema realmente tem a ver com as igrejas, se estamos ou não tentando fazer o que Deus nos pede para fazer”. Outra questão levantada pelo estudo foi o impacto que as igrejas estão causando nas pessoas. Apenas 26% dos que são assíduos em suas igrejas disseram que sua vida havia mudado ou que estavam “muito preocupados” com isso. Quase metade dos entrevistados, 46%, disse que ir à igreja não tinha mudado nada, e 50% das pessoas que haviam ido a um culto naquela semana não saberiam dizer alguma coisa importante que aprenderam durante o sermão. O estudo também descobriu que 68% dos entrevistados sentiam-se ligados a outras pessoas “que estão unidas por suas crenças e que cuidam uns dos outros de maneira prática”, enquanto apenas 23% afirmaram que não sentiram isso. Por sua vez, 73% dos entrevistados disse que o cuidado com os pobres foi enfatizado “muito” ou “um pouco” nas suas igrejas.
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