A homossexualidade deixou de ser considerada doença pelas Nações Unidas na década de 1990. Portanto, um psicólogo não poderia fazer alguém mudar sua orientação sexual. Contudo, os parlamentares evangélicos pensam diferente e desejam reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia. Segundo um projeto de decreto legislativo, encaminhado pelo deputado João Campos (PSDB-GO), o conselho “extrapolou seu poder regulamentar ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”. Esse projeto pode suspender dois artigos (instituídos em 1999) que proíbem um psciólogo de emitir opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como doença. Campos é líder da Frente Parlamentar Evangélica. O pivô da questão que agora chega à Brasília é Marisa Lobo, 39, um “psicóloga cristã” que luta contra o Conselho Regional de Psicologia do Paraná. Ela tem lutado contra o que chama de “privilégios gays” e pediu união dos pastores e parlamentares cristãos no tratamento desta questão. Ela foi acusada de ferir o código de ética da categoria devidos a textos de sua autoria sugerindo que, para “alcançar a comunidade gay”, deve-se seguir o exemplo de Jesus, que “não concordava com certos comportamentos, porém tratava com tolerância e amor”. Membro da igreja batista, Lobo alega sofrer “perseguição religiosa”, mas nega oferecer “cura” a pacientes gays e rechaça qualquer acusação de homofobia.
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