Governo africano investe em curso cristão de liderança para funcionários e gera polêmica . O presidente da Corte Constitucional da África do Sul, Mogoeng Mogoeng, enviou um convite a todos os presidentes de tribunal do país a participar de uma conferência do pastor e motivador pessoal norte-americano John Maxwell, na capital Joanesburgo. Os que desejassem poderiam ainda adquirir ao custo de 650 rands [cerca de 150 reais] uma teleconferência com direito a bebidas, lanche e cinco DVDs das palestras de Maxwell. Nenhum dos juizes aceitou e muito se sentiram ofendidos pela proposta de Mogoeng, que é conhecido por sua religiosidade e como pregador leigo de uma Igreja pentecostal. No dia de sua nomeação, Mogoeng atribuiu a Deus o fato de ter assumido o cargo “Sou um daqueles crentes que acreditam na existência de Deus. Um Deus que se faz sentir”. Uma ação foi proposta, alegando-se a inconstitucionalidade, mas como se tratava de um convite, não uma obrigação, não seguiu adiante. Mas o paradoxo é curioso. Afundado em denúncias sobre corrupção do governo do presidente Zuma, há no país um clamor constante pela “regeneração moral” e o surgimento de novas lideranças políticas. Ao mesmo tempo, no distrito de Bhisho, o premiê local (espécie de governador) decidiu investir 5 milhões de rands [cerca de R$1 milhão] para enviar 130 chefes da administração de sua província para ouvir John Maxwell e os palestrantes motivacionais sul-africanos Molapo David e sua esposa, Mamikie.
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