quarta-feira, 11 de abril de 2012

Católicos e evangélicos promovem vigília em frente ao Supremo.

Católicos e evangélicos promovem vigília em frente ao Supremo. Desde ontem (10), um grupo de religiosos de diferentes credos promove uma vigília em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Representantes de grupos católicos, evangélicos e espíritas se uniram para fazer orações e pedir que os ministros do Supremo rejeitem a descriminalização do aborto de fetos anencéfalos. “Defendemos o espírito da verdade e estamos unidos com todos os irmãos que pensam da mesma forma”, explicou um dos manifestantes. Quando o embrião não desenvolve o cérebro e o cerebelo são chamados de anencéfalos e geralmente vivem poucas horas após o parto. Há especialistas que defendem que deve ser respeitado o direito dessas crianças à vida, porém outros alertam para os riscos e traumas de uma gestação desse tipo. Procurando evitar tumultos, a segurança do Supremo cercou o prédio com aramado. A sessão começou por volta das 9h da manhã e os interessados podem acompanhar o julgamento em tempo real pela Internet. Do lado de fora, alguns religiosos carregavam imagens de Nossa Senhora de Fátima e de Nossa Senhora Aparecida. Outros empunhavam crucifixos e cartazes com imagens de fetos e frases pedindo respeito pela vida. Segundo o pastor Paulo, a anomalia não diminui a dignidade da pessoa. “Não somos insensíveis ao sofrimento da mãe, mas ele não justifica o sofrimento do filho. Fico temeroso porque essa decisão pode abrir brechas na lei”. Apoiado pelos presentes na vigília, o padre Pedro Stepia, da Paróquia de Lagoa Azul, do Novo Gama, em Goiás, fez até uma sessão de exorcismo, procurando afastar “os maus espíritos”. “A intenção aqui é dizer sim para a vida e não para a morte. Esses ministros do STF não têm poder legislativo e não podem desprezar o desejo do povo”, explicou Stepia. O grupo espera que ao longo do dia cheguem caravanas de várias partes do País, que se unirão a eles em frente ao prédio. Seu plano é manter a manifestação até o fim do julgamento, que deve durar alguns dias. O assunto vem sendo discutido pelo Supremo Tribunal Federal há oito anos. A uma série de argumentos a favor e contra o aborto divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

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