segunda-feira, 9 de abril de 2012

Igreja Católica perde espaço para as evangélicas em Cuba


Essa semana o Papa Bento XVI visitou Cuba e foi bem recebido pela população que ganhou folga no trabalho para poder ver o pontífice de perto. Mas de acordo com o jornal The New York Times o número de católicos naquele país tem diminuído, dando lugar para o crescimento de igrejas evangélicas.  O reverendo Jorge Ortega, da Igreja Metodista Carismática do bairro Marianao, em Havana, falou ao jornal americano dizendo que a Igreja Católica só ficou cheia pela visita ilustre do líder, mas na sua congregação todos os domingos o culto fica cheio.  “Isso ocorre todos os domingos, e embora as igrejas católicas provavelmente estejam recebendo um pouco mais de gente devido ao papa, o número de fiéis delas não se compara ao nosso”, disse ele. Ortega garante que sua igreja teve um crescimento de 40% nos últimos cinco anos, tendo aproximadamente 2.700 membros nos dias de hoje. Esse aumento do número de evangélicos se deve a suspensão das restrições aos cultos religiosos que antes existia no país. “Sim, o crescimento deveu-se à redução das restrições à igreja na década de noventa, mas também ao crescimento explosivo do pentecostalismo na América Latina durante a década”, explica R. Andrew Chesnut, professor de religião da Universidade Virginia Commonwealth e especialista em fé religiosa na América Latina. Foi a identificação, ao contrário da Igreja Católica, as evangélicas começaram a atrair a população anunciando a mensagem com músicas que misturam os ritmos africanos como lembra o pastor da Igreja Batista Ebenezer, Raul Suarez. “É natural que em Cuba as pessoas busquem uma religião, uma corrente espiritual para carregá-los, e isso está ocorrendo de uma maneira abrangente”, disse o religioso que estava comemorando os 65º aniversário da denominação. O que esses pastores possuem de dificuldade é a falta de meios para divulgar o evangelho, já que em Cuba não é possível alugar horários nas rádios ou na TV. Outro impedimento é que a lei cubana não autoriza a compra de propriedades para construir templos, ou seja, se a igreja crescer não pode comprar um terreno para construir uma maior como acontece no Brasil.
informações UOL

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