João Campos fala sobre a pressão da bancada evangélica para barrar kit gay. Há
um ano a presidenta Dilma Rousseff colocou fim no projeto chamado de
kit anti-homofobia que seria distribuído pelas escolas públicas em todo
o Brasil. Como um dos opositores ao material, o deputado federal João
Campos concedeu entrevista ao portal Terra esclarecendo os motivos que
fizeram com que a Bancada Evangélica, da qual é presidente, se
colocasse contra o kit do Ministério da Educação. Campos, assim como outros parlamentares, é contra o projeto por
acreditar que ele incentivaria o homossexualismo no lugar de tratar
sobre o preconceito. “Essa questão de orientação sexual é algo que diz
respeito à vida privada, não à escola. Quem faz a opção, a gente
respeita, mas agora o poder público financiar um programa que vai
estimular os adolescentes a serem homossexuais é errado”, disse. Na época que os parlamentares mais conservadores decidiram agir
contra a entrega do chamado “kit gay” a situação do então
ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, estava bastante
complicada, já que ele era investigado por enriquecimento ilícito, mas
João Campos nega ter usado o caso como “moeda de troca” para barrar a
entrega do material que continha cartilhas e vídeos. “A questão do Pallocci não era necessariamente cancelar o kit, mas
forçar a presidente a nos receber, nos ouvir, já que buscávamos falar
com ela há algum tempo a respeito desse assunto. Na medida em que nos
posicionamos, Dilma então recomendou ao ministro Gilberto Carvalho que
nos recebesse em nome dela”, afirmou.
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