A família Diniz O
sambista Monarco Diniz durante anos foi o líder da Velha Guarda da
Portela. Compositor, ele é co-autor de vários sambas em parceria com
artistas consagrados. Porém, a família de Diniz tomou uma decisão que
tem influenciado suas composições. O filho mais velho, Mauro Diniz, converteu-se ao evangelho na Assembleia de Deus
e a família toda o acompanhou, a mulher Claudia e os filhos do casal,
Juliana, Tereza e Matheus. “Eu vou com Mauro na igreja dele. E acho
bom. Lá dentro ninguém leva bala perdida”, conta Monarco. Em breve
pode-se esperar um samba gospel de sua lavra. “Outro dia fiz uma
primeira parte de um samba que começa assim “Evangelizei a minha vida /
Ela era tão sofrida / Mas agora é feliz / Abri meu coração para o
bondoso Deus / Era triste o sofrimento meus (sic) / Hoje vivo bem
graças ao Senhor / Ao lado de um verdadeiro amor”, cantarola. Mas não são apenas suas composições que mudaram. “Desde que nos
convertemos em Cristo, estou tendo uma felicidade que nunca tive. Era o
rei da boemia. Gostava de uma cachacinha e parei de beber”. Agora, por
exemplo, ele não canta mais um verso da música “Meu lugar”, que fez em
parceria com Arlindo Cruz. “Eu não falo mais aquela parte (“O meu lugar
é caminho de Ogum e Iansã”). Mas o público canta. E o Arlindinho
entende. Tinha até pastor no casamento dele”, explica. Mauro tem compartilhado de sua nova fé com os amigos, mas diz que
espera ver convertido Zeca Pagodinho. “Zeca me chama de reverendo. Ele
tem uma fé inabalável. Canaliza para um lado (a umbanda). E é mais
fácil levar alguém que acredita em algo do que um ateu”, acredita.
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