População católica encolhe no Brasil. Evangélicos avançam
Censo 2011 mostra que, pela primeira vez, total de
católicos no país teve redução em números absolutos. Assembleia de Deus
é a maior corrente evangélica.
O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, mas, na última
década, a Igreja teve uma redução da ordem de 1,7 milhão de fieis, um
encolhimento de 12,2%. Os dados são da nova etapa de divulgação do
Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A tendência de redução dos católicos e de expansão das
correntes evangélicas era algo esperado. Mas pela primeira vez o Censo
detecta uma queda em números absolutos. Antes do levantamento de 2010,
o quadro era apenas de crescimento de católicos em ritmo cada vez
menor. Mantida essa tendência, em no máximo 30 anos católicos e
evangélicos estarão empatados em tamanho na população. Os números
mostram uma redução acentuada de poder da Igreja Católica no país nas
últimas décadas: a mudança foi lenta entre 1872 e 1970, com perda de
7,9% de participação no total da população ao longo de quase um século;
e tornou-se acelerada nos últimos 20 anos, quando a retração foi de
22%. “O impacto dessa mudança é grande para a Igreja Católica. A Rússia teve
revolução e permaneceu ortodoxa. Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra
Civil, se mantiveram protestantes. Entre os países grandes, mudanças
assim só ocorreram em consequência de de guerras e revoluções. No
Brasil, a revolução é silenciosa”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo
da Escola Nacional de Estatísticas.
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