quarta-feira, 4 de julho de 2012

Para líderes religiosos, Censo apresenta falhas na classificação das religiões

Para líderes religiosos, Censo apresenta falhas na classificação das religiões. Os dados mais recentes do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a religião no país têm sido questionados por várias lideranças. O pastor luterano Walter Altmann, moderador do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), analisou os números divulgados, mas disse que o IBGE “acerta no atacado, mas erra no varejo”. Durante o programa Polêmica, da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, ele debateu o assunto com uma mesa de convidados que analisava o crescimento dos evangélicos. Altmann reclamou que o IBGE não entende as diferenças denominacionais e corre o risco de errar ao colocar grupos religiosos como seitas misturados aos dados de cristãos e que tem critérios não teológico para diferenciar os grupos. Altmann afirma que o Brasil continua sendo um país extremamente religioso e que esses movimentos que o Censo aponta, revelam que há uma migração constante dentro das próprias denominações cristãs e isso é difícil de ser percebido, pois os evangélicos não são um grupo homogêneo. Segundo ele, o processo de pesquisa do Censo considerou apenas três grandes grupos de evangélicos: os de missão, os de origem pentecostal e os não determinados. Dentre os 42,2 milhões de evangélicos brasileiros, 9,2 milhões seriam “indeterminados”, uma classificação que nem o IBGE consegue definir com precisão. Estariam incluídos aí correntes de luteranos, metodistas, presbiterianos, batistas e neopentecostais. Por isso, fica difícil fazer uma análise mais aprofundada e a questão da diminuição do número de católicos e o crescimento dos “sem religião” acabam sendo exagerados.

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