Para líderes religiosos, Censo apresenta falhas na classificação das religiões. Os
dados mais recentes do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) sobre a religião no país têm sido questionados por
várias lideranças. O pastor luterano Walter Altmann, moderador
do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), analisou os números divulgados,
mas disse que o IBGE “acerta no atacado, mas erra no varejo”. Durante o programa Polêmica, da Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, ele
debateu o assunto com uma mesa de convidados que analisava o
crescimento dos evangélicos. Altmann reclamou que o IBGE não entende as
diferenças denominacionais e corre o risco de errar ao colocar grupos
religiosos como seitas misturados aos dados de cristãos e que tem
critérios não teológico para diferenciar os grupos. Altmann afirma que o Brasil continua sendo um país extremamente
religioso e que esses movimentos que o Censo aponta, revelam que há uma
migração constante dentro das próprias denominações cristãs e isso é
difícil de ser percebido, pois os evangélicos não são um grupo
homogêneo. Segundo ele, o processo de pesquisa do Censo considerou apenas três
grandes grupos de evangélicos: os de missão, os de origem pentecostal e
os não determinados. Dentre os 42,2 milhões de evangélicos brasileiros,
9,2 milhões seriam “indeterminados”, uma classificação que nem
o IBGE consegue definir com precisão. Estariam incluídos aí correntes
de luteranos, metodistas, presbiterianos, batistas e neopentecostais. Por isso, fica difícil fazer uma análise mais aprofundada e a
questão da diminuição do número de católicos e o crescimento dos “sem
religião” acabam sendo exagerados.
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