Governo do Paquistão oferece 100 mil por morte de produtor de filme. Ghulam Ahmed Bilour, ministro de Ferrovias do Paquistão, ofereceu
US$ 100 mil para quem assassinar o autor do filme A Inocência dos
Muçulmanos, que desrespeitou a imagem de Maomé e causou revolta no
mundo muçulmano. Durante uma entrevista coletiva neste sábado (22), em Peshawar, o
ministro disse saber que embora estimular um assassinato seja crime,
estava pronto para cometer esse delito. “Se existir alguma causa contra mim em uma corte internacional ou
nacional, pedirei ao povo que me entregue”, disse Bilour. Ele
“convocou” os talibãs e a rede terrorista Al Qaeda para ajudá-lo e
disse esperar que “os ricos ponham à disposição da causa todo seu
dinheiro, para que assim o assassino possa ser banhado em ouro e
dólares”. A declaração ocorreu após a celebração do “Dia de Amor a Maomé”,
celebrado no Paquistão como forma de protesto ao material anti-islâmico
produzido por Nakoula Basseky Nakoula, um cristão copta egípcio que
vive nos Estados Unidos e que está desaparecido. Há quase uma semana, o Paquistão assiste protestos constantes por
causa do filme. Nesta semana morreram 19 pessoas e mais de 200 ficaram
feridas durante os embates com a polícia nas cidades de Peshawar e
Karachi. Na capital Islamabad, forças de segurança isolaram a área que
abriga as embaixadas estrangeiras.
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