quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Família evangélica prova que “o amor tudo suporta”.

A declaração dada pelo cantor sertanejo Zezé di Camargo, de que “não existe homem fiel, existe homem que está no momento fiel” causou espanto e controvérsia entre os cristãos. Alguns ainda se disseram revoltados com a idéia. Foi o caso de Samuel Luna, que, casado há 18 anos com Gecélia da Silva Bezerra Luna, cuida há meses da esposa, mesmo ela estando incapacitada fisicamente por uma síndrome rara. Evangélico e batista, Samuel diz que a frase do cantor despertou-lhe indignação e a revolta. “Minha ‘fase fiel’ com minha esposa já estaria durando os 18 anos que temos de convivência. Em todo o tempo sempre fomos fiéis um ao outro. Nunca traí minha esposa, e tenho tranquilidade em dizer que ela nunca me traiu, em todo esse tempo. O ‘homem fiel’ a quem o cantor referiu não existir, existe sim. E tenho total certeza de que não sou o único que existe”, disse ele. A esposa Gecélia sofre de duas síndromes – de Eaton-Lambert e Degeneração Cerebelar Paraneoplásica – ocorridas devido a uma resposta autoimune do corpo a um tumor anterior. Com isso, ela não pode enxergar, falar, alimentar-se, andar ou coordenar os movimentos. Samuel não só tem que cuidar da esposa como também dos dois filhos pequenos. Administrando a casa e os cuidados com a esposa, que está sob os cuidados de home care hospitalar, ele confessa que não é fácil e por vezes sente que passa por uma grande provação. “Não tem sido fácil para mim.  É um Samuel para Gecélia, aquele forte, que deve mostrar segurança, e ao mesmo tempo, consideração pelo sofrimento dela; outro Samuel para os meninos, que deve ser o pai (e mãe) que tem que fazer o papel dos dois, e por fim, o Samuel ‘eu mesmo’, com toda fragilidade, emoção e fé em Deus, mas que tem sido bastante provado por tudo isso”, diz. Ele conta que encontra força em Deus e nas mensagens de solidariedade recebidas pelo Facebook, principalmente depois que postou seu testemunho no YouTube.  “O apoio de alguns amigos cristãos tem me ajudado muito. Além disso, sempre fiz terapia, mesmo antes de Gecélia adoecer, e continuo até hoje, semanalmente”.

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