sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bancada evangélica quer derrubar reconhecimento da Associação de Travestis.


Bancada evangélica quer derrubar reconhecimento da Associação de Travestis
A bancada evangélica da Câmara de Campo Grande está travando um embate difícil na tentativa de derrubar o projeto que reconhece como de utilidade pública a Associação de Travestis de Mato Grosso do Sul. Ele foi apresentado pela primeira vez em 2008 pelo vereador Athayde Nery (PPS) em dezembro de 2008. Não foi aprovado na ocasião e Athayde não foi reeleito e o projeto ficou parado. Agora, foi retomado pela vereadora Luiza Ribeiro (PPS). Ela explica: “Ninguém está trocando de religião ou algo assim. Não adianta levar para outro caminho. Acredito que não teremos dificuldade [de aprovar]”. Ter o reconhecimento de utilidade pública garante a associação o direito de fazer convênios e conseguir recursos públicos da Prefeitura de Campo Grande. A associação já recebe apoio do Governo Federal. Um dos líderes na tentativa de impedir sua aprovação é Alceu Bueno (PSL). Ele explica sua postura: “Sou contra o ativismo. Não tem nada a ver com homossexuais, que eu tenho um grande carinho. Vou fazer de tudo para que o projeto não seja aprovado. São meus princípios e minha fé que fazem com que eu lute contra. Não fico em cima do muro e sou radicalmente contra”. Enfatiza que não concorda sobretudo com o fato da associação querer usar dinheiro público para fazer apologia de suas atividades. Flávio César (PCdoB) votará contra e questiona qual a contribuição social da Associação. “Nada contra as pessoas que têm esta opção sexual. Não é este o fator. Isso é problema pessoal de cada um. Mas, é um projeto que vem na contramão do que tenho como princípio. Por este fator sou totalmente contra este projeto”.

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