Dias após declarar que é a favor do fim do celibato, o cardeal da Grã-Bretanha Keith O’Brein veio a público anunciar sua renúncia afirmando que já tinha a intenção de se aposentar depois que completasse 75 anos, o que só acontece no mês de março. Sendo o líder católico mais importante do país, O’Brein foi obrigado a renunciar depois que o jornal inglês The Observer divulgou denúncias de que ele estaria sendo acusado de assédio sexual por quatro homens. Entre os acusadores estão três padres e um ex-sacerdote que afirmam que O’Brein teria se “comportado de maneira inapropriada” nos anos 80. Os relatos dizem que o cardeal aproveitava as orações noturnas para manter contatos inapropriados com os demais sacerdotes. O ex-sacerdote afirma que ainda era seminarista quando foi assediado por O’Brien e que resolveu largar o sacerdócio para se casar quando o clérigo se tornou bispo. “Eu sabia que ele teria poder sobre mim. Para a Igreja, eu larguei a batina para me casar. Não foi por isso. Eu saí para preservar a minha integridade”, disse. Os acusadores afirmam que resolveram citar o caso agora para impedir que O’Brien participe da escolha do próximo papa. O escândalo acabou tendo repercussão e o clérigo desistiu do cargo e não irá mais à Roma participar do conclave.
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