Se no Brasil existem embates públicos entre líderes religiosos e a comunidade gay, no Quênia elas são muito mais comuns. No último domingo foi realizada em Nairobi, capital do Quênia, a chamada “cerimônia de arrependimento”. O evento religioso tinha como objetivo reduzir as tensões entre os principais candidatos às vésperas das eleições presidenciais de 4 de março. Segundo a imprensa do país, a iniciativa demonstra a ascensão de movimentos evangélicos na região. Um dos motivos é que além da participação maciça de políticos do país, o “mestre de cerimônias” do culto público foi o pastor e profeta Dr. David Edward Owuor. Com doutorado em biofísica, o ministro constantemente se envolve em controvérsias desde que afirmou ter “curado” pessoas com AIDS pela oração e previu em 2007 que “rios de sangue” correriam no país se não houvesse arrependimento. Quando ele voltou a falar sobre o assunto este ano, dezenas de milhares de pessoas concentraram-se durante o fim de semana no Uhuru Central Park, em Nairobi. “Arrependei-vos e eliminem a violência” foi a palavra de ordem do culto do domingo, que recebeu seis dos candidatos à presidência.
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