A fundação da Frente Parlamentar Evangélica ocorreu 10 anos atrás. Em 2006, quando o Congresso foi revelado o esquema conhecido como “a Máfia das Sanguessugas”, 23 integrantes da bancada foram acusados de desviar emendas parlamentares e enriquecer com isso. Na ocasião, dez deputados eram da Igreja Universal do Reino de Deus e nove da Assembleia de Deus. Os deputados evangélicos perderam força nas eleições daquele ano. Mas recuperam em 2010, com a atual configuração. Semanalmente eles realizam um culto no Congresso, onde os parlamentares-pastores se alternam na direção do encontro e na pregação do dia. Desde a eleição de Marco Feliciano, que é pastor da Assembleia de Deus, para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, muito tem se falado sobre a atuação dessa bancada. Uma mostra de que ela tem conquistado um espaço cada vez maior no debate político nacional. Atualmente, os evangélicos já são 14,2% dos deputados e 5% dos senadores. Em muitas ocasiões eles deixam de lado as questões teológicas e se unem aos católicos, como na formação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e contra o Aborto. Criada pelos católicos, atualmente é presidida pelo deputado Salvador Zimbaldi (PDT-SP). Ao total, esse movimento abarca 220 deputados e 12 senadores. Embora pertençam a partidos diferentes, o que une os segmentos cristãos nesses casos são suas bandeiras em comum: contra a legalização do aborto, o casamento gay, a eutanásia e a liberação das drogas. Infelizmente, entre eles existem várias denúncias de corrupção. Dentre os 73 integrantes na Câmara dos Deputados, 23 respondem a processo no Supremo Tribunal Federal (STF). As acusações são por corrupção, peculato (desvio praticado por servidor público), crime eleitoral, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e estelionato. O deputado Natan Donadon foi inclusive condenado recentemente a treze anos e quatro meses de cadeia.
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