O jornal italiano La Repubblica publicou nesta quinta (21) uma matéria investigativa com o título de “Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no informe que sacudiram o Papa”. Quase que imediatamente, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, classificou a reportagem de “Fantasias, invenções, opiniões”. Embora não revele suas fontes, é quase uma repetição do que a revista Panorama publicou recentemente, mostrando que existe uma espécie de dossiê de 300 páginas, mostrando a existência de um “lobby gay” dentro do Vaticano. Quando era apenas o Cardeal Ratzinger, ele ficou encarregado da investigação dos casos de abusos de crianças, mas nenhuma ação concreta foi tomada. Bento 16 o recebeu em dezembro após tê-lo encomendado a três cardeais (o espanhol Julián Herranz, o eslovaco Jozef Tomko e o italiano Salvatore De Giorgi). Em suma seria a revelação de um sistema de “chantagens” internas baseado em fraquezas sexuais e ambições pessoais de alguns cardeais. Esse documento pode ser determinante para a escolha do novo papa e a decisão de Ratzinger foi por entender que um sucessor mais jovem, forte e enérgico conseguiria “fazer a limpeza” que a Igreja Católica necessitaria. Os jornalistas apontam que o cardeal Herranz, membro do Opus Dei, se encarregou de relatar os “assuntos mais escabrosos”, em especial a “rede transversal unida pela orientação sexual”. O La Repubblica chegou a afirmar que “Pela primeira vez a palavra homossexualidade foi pronunciada no gabinete papal”. Além disso, revelou que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano. Um deles advogaria a homossexualidade, outro seria especialista em montar e desmontar carreiras dentro do Vaticano e um terceiro se aproveitaria dos recursos multimilionários da Igreja para seus próprios interesses através do Banco do Vaticano.
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