sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Batistas Nacionais discutem Pastorado Feminino. “Se a pauta passar, pode haver um racha”, afirma pastor.

Embora não seja novidade, a ordenação feminina ao ministério pastoral ainda gera muita polêmica e discussão no Brasil. Com fácil aceitação entre as Igrejas Neo-Pentecostais, é nas Igrejas de origem histórica que a questão encontra as maiores barreiras. Num passado não tão distante, divisões e desligamentos marcaram a história de muitas igrejas lideradas por mulheres que acabaram por se tornarem independentes. Ao contrário do que muitos pensam, “pastoras” tem se mostrado muito eficientes quanto a abertura de novas congregações e administração das mesmas. É só ver que igrejas assim tem crescido em todo o país.
Antes marginalizadas, muitas hoje alcançam respeito diante da sociedade. Resta-nos saber, entretanto, porque ainda há dificuldades em aceitá-las. E o mais importante é saber o que a Bíblia diz a respeito. Seria interessante também saber, que tipo de desafios este ministério representa para as mulheres. Sem tentar emitir uma opinião pessoal, falei com o Pr. Gilberto Nascimento que é um dos líderes da Juventude Batista Nacional e presidente da Ordem de Ministros Batistas do Rio Grande do Norte, para saber a quantos anda a discussão e o que em geral os pastores pensam sobre isso. Acompanhe a entrevista completa e deixe sua opinião: Você é contra ou a favor?
Pr. Gilberto, quando se deu sua conversão ao Evangelho? Aconteceu há 23 anos! Na escola onde estudava, havia um grupo de adolescentes que se destacava pelo bom comportamento, a forma de falar e a alegria contagiante que era transmitida aos demais colegas de classe. Era algo diferente! Chamou minha atenção! Quando me aproximei deles, descobri que eram evangélicos, daí me convidaram para a igreja. A princípio, relutei. Cresci numa igreja romana e sempre fui muito ativo. Era comprometido com o coral e possuía um vínculo. Com o tempo, a amizade foi se fortalecendo com os irmãos. Aos poucos, passei a frequentar a Igreja Batista do bairro onde morava. E por fim, a Palavra de Deus que diz que a fé vem pelo ouvir, se cumpriu em minha vida.
Quando e como se deu seu pastorado? Seis a sete anos depois que me converti a Cristo. Existe uma expressão que diz: “diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. Esse dito popular mostra quem eram as minhas companhias. Meus pais ainda moram na mesma rua onde existe a casa pastoral da Igreja Batista. Então, desde os meus primeiros passos na fé, minha vida foi caminhar com os dois pastores que em épocas diferentes moraram lá. Como éramos vizinhos e amigos, me chamavam para acompanhá-los nas visitas as famílias necessitadas, nos hospitais e onde era preciso. Eu os acompanhava de perto em tudo que faziam na função 
pastoral. Já era Deus me preparando para o ministério. Por este tempo, já orava para que Deus confirmasse este chamado em mim. Um dia fui visitar uma igreja. O ônibus demorou muito. Quando cheguei ao local de culto, o pastor da igreja já estava ministrando. Assim que entrei, olhei para o púlpito e não consegui vê-lo. O que vi foi minha imagem ministrando naquela igreja. Fiquei surpreso, pois creio que era uma visão. Lembro-me de que esfregava os olhos mas a cena não mudava. Caminhei até o meio da igreja e quando sentei, tudo voltou ao normal. Ali Deus confirmou este desejo em meu coração.

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