terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Medo? As histórias de Elias e Josafá...

Vocês devem estar pensando, será que existe alguma ligação entre estes dois personagens bíblicos?O que eles têm em comum é um sentimentoque, muitas vezes, achamos que os grandes homens de Deus não têm – o Medo. E navegando pelas histórias quero mostrar não só como cada um lidou com este sentimento, mas principalmente a postura de Deus em cada um dos episódios e que lições nós podemos tirar destas histórias para fortalecer nossa relação com Deus.
Primeiro contemos a história de Elias
Elias foi um dos profetas de Deus que vivenciou vários milagres na sua trajetória servindo ao Senhor: Através de sua oração não choveu em Israel por três anos e seis meses e pelas suas orações, após este período, as chuvas voltaram a cair (Tiago 5.17-18) Foi alimentado por corvos (I Reis 17.6)Enviado por Deus a Sarepta, vivencia o milagre da multiplicação da farinha e do azeite na casa da viúva (I Reis 17.9-16) Através do seu clamor Deus ressuscitou o filho da viúva (I Reis 17.17-24) Obtém retumbante vitória sobre os 
profetas de Baal, quando clamou ao Senhor e Deus mandou fogo do céu incendiando o holocausto preparado por ele (I Reis 18. 20-40) Com esta intimidade com o Senhor, que resultou em tantos milagres, poderíamos concluir que Elias jamais sentiria medo diante de uma situação ameaçadora. Não foi o que aconteceu. Ameaçado por Jezabel Elias teve medo (I Reis 19. 1-3). Este Medo faz com que ele fuja para o deserto a fim de salvar sua vida, e a situação se torna tão desgostosa que Elias pede a Deus que tire sua vida.
Porém não era este o plano do Senhor para Elias. Deus não só não atende ao pedido, como vai ao encontro de Elias para ajudá-lo e para fortalecê-lo (I Reis 19 3-18). Agora vamos à história de Josafá. Josafá sucede seu pai Asa, tornando-se rei de Judá. Ele fortificou todas as cidades que seu pai havia conquistado e teve o seu reino confirmado pelo Senhor, pois: Buscou a Deus, guardou seus mandamentos, rejeitou os ídolos de Baal e se recusou a praticar obras como fazia Israel, pois eram obras que desagradavam a Deus. Sua coragem e fé levaram-no a destruir todos os postes ídolos (II Crônicas 17. 1-13) Liderou a obra reformadora que induziu o povo a fé e a obediência ao Senhor (II Crônicas 19. 4-11) Além disto, tinha um exército
 de 1.160.000 homens preparados para serem chamados a guerrear quando necessário (II Crônicas 17.14-17) Com isto estava firme, portanto podemos concluir que jamais teria medo em uma situação ameaçadora. Não foi o que aconteceu. “Sucedeu que, depois disto, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e com eles outros dos amonitas, vieram à peleja contra Josafá. Então Josafá teve medo (II Crônicas 20.1-3)” Diferentemente de Elias, Josafá: Não foge, mas busca o Senhor, e apregoa jejum em todo Judá (II Crônicas 20.3b-4) Confessa ao Senhor sua total dependência Dele para resolver o problema (II Crônicas 20.12) Neste caso, Deus atende ao pedido de Josafá e manda as seguintes palavras através de Jaaziel: “Esta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco”
(II Crônicas 20.17-22) Quando chegou ao alto e olhou para o local onde aconteceria a batalha “olharam para a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, e nenhum escapou” (II Crônicas 20.24-30) As histórias mostram atitudes diferentes frente ao medo e também ações diferentes de Deus para cada uma das situações. O que estas histórias têm em comum? – a verdade que Deus nunca nos deixa sozinhos, sempre poderemos contar com Ele – sempre, afinal Ele, o Deus de Elias e de Josafá é também o nosso Deus. Isto me remete para um trecho da música Caçador de Mim do Milton Nascimento que diz “Nada a temer senão o correr da luta, Nada a fazer senão esquecer o medo”, e para finalizar o que a Palavra de Deus nos fala sobre medo e coragem. “No amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor” (I João 4.18) Porque “Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (II Timóteo 1.7)Portanto “Se Deus é por nós quem será contra nós?” (Romanos 8.31)

José Augusto de Castro Junior

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