O imbróglio envolvendo a pré-candidatura do pastor Jefferson Barros à Câmara dos Deputados pelo PSOL ganhou um novo capítulo nesta semana. A militância do partido, que apóia o ativista gay Jean Wyllys à reeleição, manifestou-se contra Barros. Num texto publicado por um dos militantes no Facebook, o pastor Silas Malafaia é acusado de tentar “criar uma falsa polêmica” ao dizer que Wyllys estaria com medo de perder a eleição para Barros.“Silas Malafaia, que já está em campanha, tenta criar uma falsa polêmica com nosso deputado Jean Wyllys, acusando-o de ‘pressionar’ o PSOL para que não aceite ‘um pastor’ como candidato. Absurdo! No PSOL tem duas importantes lideranças que são pastores evangélicos: Mozart Noronha, luterano, que foi candidato em 2010 e 2012, e Henrique Vieira, batista, que é vereador em Niterói. Ambos são pastores comprometidos com as lutas do povo e contra todas as formas de opressão, e não usam o templo para enriquecer. Jean Wyllys fez campanha com os dois!”, diz o texto assinado por Tarcísio Motta, militante do PSOL. Motta afirma que existem “outras razões” para a rejeição da militância do PSOL quanto à candidatura do pastor Jefferson Barros.Somos um partido com programa e com princípios, e não uma legenda de aluguel que aceite qualquer candidatura. Qualquer candidatura que defender nossos princípios e programa e tiver apoio da militância pode ser referendada e irá às urnas, independente da sua religião e da sua fé. Não é o caso do cidadão defendido por Malafaia, que por acaso é pastor”, afirmou o militante socialista, antes de acrescentar: “No PSOL não há lugar para o racismo, o machismo e a homofobia. Se o Malafaia quiser buscar um espaço para candidatos que defendam o ódio, como é o caso do seu protegido — que não é rejeitado apenas por Jean, mas pelo conjunto da militância —, o PSOL é o partido errado para ele”.
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