A menina Alani Santos, conhecida como “missionarinha”, tornou-se o alvo da imprensa internacional, pelos alegados milagres que ela operaria através de orações com imposição de mãos. De acordo com o pai, pastor Adauto dos Santos, o assédio é intenso e corriqueiro: “Na próxima semana vem o ‘New York Times’, na outra, uma TV italiana e uma francesa”, explica o dirigente da Igreja Evangélica Missão Internacional dos Milagres, no Rio de Janeiro.Só em 2014 outros 14 veículos de imprensa foram ao templo para registrar o fenômeno que atrai milhares de fiéis. Entre revistas, jornais e emissoras de TV, estão o L’Hebdo, da Suíça, Polityka, da Polônia, M6 e Canal Arte, da França, RTL, da Bélgica, ABC News e Vocativ, dos Estados Unidos, NOS, da Holanda, The Guardian, da Inglaterra, National Geographic e emissoras de TV da Rússia, Espanha, Itália e Colômbia, das quais o pastor diz não lembrar o nome. A jornalista Barbara Marcolini, do jornal o Globo, foi à igreja e descreveu as características da “missionarinha” milagreira: “O olhar doce e a voz serena reforçam o aspecto angelical da menina de grandes olhos castanhos e cabelos levemente cacheados”.As histórias de milagres, assegura o pai, começaram quando ela era um bebê: “O primeiro milagre aconteceu quando ela tinha 51 dias. Uma moça com a barriga grande como a de uma grávida veio à igreja pedir ajuda. Fechei meus olhos, e algo dizia que não deveria orar por ela. Vi então a mãozinha da minha filha sobre a sua barriga. Chamei minha mulher, que estava na igreja com ela, e coloquei a bebê para tocá-la. Quando ela colocou a mão, a barriga murchou”, afirma o pastor. A bordo de uma Hilux, Adaulto desconversa sobre seu passado criminoso, quando esteve detido no Carandiru, em São Paulo: “Não é edificante, prefiro falar sobre o meu presente. Já fui preso também, mas não gosto de trazer lembranças. Passado é passado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário