O trabalho missionário junto às tribos indígenas tem rendido frutos e uma tribo da aldeia Kumenê, na reserva de Uaçá em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá (AP), é formada em sua maioria por evangélicos. “Somos evangélicos. A maioria da aldeia é crente”, diz o cacique Azarias Ioio Iaparrá, de 50 anos, que relatou também a abolição de alguns costumes como andar nu, ingerir bebidas fortes e fazer danças típicas, além de questões religiosas, como as feitiçarias dos pajés. Ao G1, Iaparrá, que lidera a tribo indígena da etnia Palikuré, admitiu que apesar de seu povo estar no meio da floresta amazônica, acabaram influenciados pela “cultura do homem branco”.“Os missionários explicaram pra gente que Jesus era o único salvador e que Deus fez o céu e a terra. Primeiro não acreditamos muito, mas depois começamos a aceitar a Palavra e fomos nos batizando nas águas”, contou o pastor indígena Florêncio Felício, 55 anos, explicando como deixaram de crer que a natureza fosse um deus. Felício é evangélico desde os 25 anos de idade, e lidera a única igreja evangélica da aldeia, construída por missionários nos anos 1990, e que resultou numa maior proximidade entre os aldeões. “Cada família tinha a própria aldeia, mas depois dos missionários passamos a viver mais próximos, como se fosse uma única família”, comenta o cacique Iaparrá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário