O candidato do PRB ao governo no Rio, Marcelo Crivella, condenou as declarações de um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus em Del Castilho que pediu votos durante um culto aos candidatos apoiados pela igreja. No vídeo divulgado pelo jornal O Globo é possível ouvir o bispo pedindo que os fiéis elejam os indicados pela igreja para não ficarem sem assistir ao programa religioso na mídia (rádio e TV).
Ao falar sobre o caso Crivella afirmou que “igreja não é lugar de pedir voto” e salientou que jamais agiu dessa forma em todos esses anos de vida política. “Acho que não se devia fazer nenhuma política dentro de igrejas. Eu não faço desde que me elegi. E, antes disso, também nunca fiz. Agora, compreendo. Está todo mundo muito revoltado com a questão da saúde, do transporte e, sobretudo, com a corrupção, com a roubalheira do governo. Então, às vezes, as pessoas extravasam aquilo que não deviam fazer. Eu não recomendo”.
Crivella tem sido alvo de críticas do candidato adversário, Luiz Fernando Pezão (PMDB), por estar ligado à Igreja Universal. Pezão chegou a questionar em um debate quem governaria o Rio de Janeiro, Crivella ou Edir Macedo. Macedo, aliás, se tornou uma das personagens da campanha de Pezão na tentativa de tirar a confiança dos eleitores no candidato do PRB. Em uma propaganda exibida no sábado o peemedebista chegou a colocar ovídeo polêmico onde o fundador da IURD ensina pastores a pedir dinheiro dos fiéis.
O senador considerou o programa como uma “baixaria” dizendo que o vídeo exibido em 1995 pelo Jornal Nacional é assunto superado dentro da Universal. “Ele está tentando ganhar apelando, botando a mão na bola. São coisas de 15 anos atrás, já passadas e superadas. Acho que nem devo responder. Agora o povo vai responder nas urnas, porque tem horror à baixaria. Isso é choro”, disse. Mas sem perder o momento, o candidato do PRB fez críticas ao seu adversário comparando-o com Sérgio Cabral, atual governador do Rio que também faz parte do PMDB. “O Cabral não admite ficar agora sem os helicópteros e perder o dinheiro do governo para ir a Paris, fazer festas com guardanapos”, acusou.
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