O DEUS que Intervém na História... O livro do profeta Daniel, através do sonho do rei Nabucodonosor, resume os grandes impérios do mundo: Babilônia, Média/Pérsia, Grécia e Roma. O capítulo dois se divide em Introdução, Três episódios e Conclusão.
O Livro Histórico / O Livro Profético
O livro de Daniel compõe-se essencialmente de seis histórias e quatro visões. As histórias ocupam os capítulos 1-6, e as visões os capítulos 7-12. Agora movemo-nos para a segunda história: O sonho de Nabucodonosor. Este longo capítulo, como é natural, divide-se em duas grandes partes: vss. 1-13, prólogo; e vss. 14-45, Daniel como intérprete de sonhos. Esta história ensina a debilidade da sabedoria humana, em comparação com a sabedoria conferida por DEUS” [Oxford Annotated Bible, na Introdução ao capítulo). A história é um paralelo da experiência de José, em Gênesis 41. Os temas principais são: Toda a sabedoria humana é destituída de valor quando confrontada com a sabedoria conferida por DEUS; uma filosofia da história; as eras deste mundo são guiadas pelo decreto divino; DEUS humilha os orgulhosos e eventualmente faz com que eles O reconheçam. Ver como o teísmo domina o relato. O Criador continua presente em toda a Sua criação - intervindo, recompensando e punindo.
...DEUS intervém na história para fazer valer seus desígnios na vida da humanidade. Neste capítulo, a Babilônia aparece como dona do mundo e Nabucodonosor é o grande rei. Aproximadamente em 604 a.C., num período em que a Babilônia atingiu o seu apogeu, quando, de repente, a tranquilidade de Nabucodonosor foi ameaçada por um sonho perturbador que o deixou sem dormir. Por providência divina, o rei esqueceu o sonho para que os desígnios divinos fossem revelados ao profeta visionário Daniel. Elienai Cabral. Integridade Moral e Espiritual. O Legado do Livro de Daniel para a Igreja Hoje. Editora CPAD.
O primeiro versículo demonstra um aparente conflito de datas. A expressão "segundo ano do reinado de Nabucodonosor" contrasta com os três anos do treinamento de Daniel e de seus companheiros descritos no primeiro capítulo. Segundo estudiosos do Antigo Testamento, tanto os judeus quanto os babilônios contavam as frações de um ano como ano inteiro. Por isso, a vigência do terceiro ano para a cultura do reino de Judá era o segundo reinado de Nabucodonosor.
Primeiro Episódio (vv.2-13)
O primeiro relato do sonho imperial revela Nabucodonosor chamando os Magos, os Astrólogos, os Encantadores, e os Caldeus, isto é, todos os sábios e os feiticeiros do império para interpretarem o sonho. Os intérpretes pediram ao rei que lhes contasse o sonho para em seguida o decifrarem. Nabucodonosor recusou afirmando: “se me não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo”. O rei não se contentava somente com a interpretação, pois os adivinhadores teriam também de prenunciar o sonho.
Segundo Episódio (vv.14.24)
O capitão da guarda do rei, Arioque, saiu para matar os sábios. Quando Daniel prudentemente o interrogou sobre a ordem imperial. Recebendo a explicação de Arioque o profeta solicitou uma audiência ao rei e pediu um tempo para contar o sonho e dar a interpretação. Daniel procurou os seus amigos para buscarem a DEUS. O Senhor os respondeu!
Terceiro e Ultimo Episódio (vv.25-45)
Levado por Arioque ao rei Nabucodonosor, Daniel lhe contou o sonho e o interpretou. Chocado, o rei da Babilônia prostrou-se aos pés de Daniel e reconheceu a sabedoria que lhe fora dada pelo DEUS de Israel.
A conclusão (vv.46-49) do capítulo dois é surpreendente. Nabucodonosor promoveu Daniel ao mais alto cargo imperial e a pedido do profeta elevou os seus amigos Hananias (Sadraque), Misael (Mesaque) e Azarias (Abede-Nego) às altas posições. O segundo capítulo revela-nos que o Reino de DEUS não se confunde com o reino dos homens. Segundo o conselho da sua soberania, o Eterno intervém na história humana. Ele trabalha a fim de que todos os moradores da Terra reconheçam a sua majestade e, em CRISTO, resistamos as injustiças do governo humano.
A correta descrição do sonho (vv. 31-35).
O sonho do imperador babilônico era profético. Nabucodonosor viu uma estátua (v. 32) constituída por uma cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e coxas de cobre; pernas de ferro (v.33); e pés de ferro e de barro (v.33). O versículo 34 relata a "uma pedra que foi cortada, sem mãos" a qual feriu os pés da estátua, destruindo-a completamente. Os quatro impérios pagãos, mencionados simbolicamente na profecia já existiram, comprovando a veracidade da visão profética. Todavia a visão da "pedra que foi cortada, sem mãos" ainda não se cumpriu, pois trata-se do reino universal de Jesus Cristo que ainda não foi literalmente estabelecido.
A interpretação dos elementos materiais da grande estátua (2.34-45).
a) "A cabeça de ouro" (vv.32,36-38). exemplificava o reino da Babilônia. Nabucodonosor a governou por 41 anos e a transformou no império mais poderoso da época.
b) "O peito e os braços de prata" (vv. 32,39). Trata-se do império Medo-Persa. Os dois braços ligados pelo peito representam a união dos Medos e dos Persas.
c) "ventre e os quadris" (vv. 32.39). Retrata o império Grego. Foi Alexandre Magno que dominou o mundo inteiro constituindo assim um dos impérios mais extensos na história da humanidade até a sua morte prematura.
d) "Pernas de ferro" (v. 33,40-43). Refere-se ao último império da história, o romano. Os pés de ferro e barro indicam a fragilidade deste império. A mistura entre ferro e barro não ocorre. O império romano, por um lado era poderoso (ferro), mas por outro, frágil e decadente (barro)
"A pedra cortada, sem ajuda de mãos" (2.45).
Esta "pedra" representa o reino de Cristo intervindo nos reinos do mundo. Cristo é a pedra cortada que desfará o poder mundial do Anticristo (Dn 2.45; Sl 118.22; Zc 12.3). A pedra cortada vinda do monte significa, figuradamente, a vinda do Rei esmiuçando o domínio imperial e pagão deste século (Dn 2.44,45) Cristo é quem regerá as nações para sempre!
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