O Vaticano está a ponderar um conjunto de medidas para permitir que os filhos dos sacerdotes possam receber o apelido do pai e herdar os seus bens. O diário italiano La Stampa noticiou ontem que o Congresso para o Clero, presidido pelo cardeal brasileiro Claudio Hummes, esteve reunido na semana passada para discutir a decisão. Apesar de não ser um fenómeno novo, referiu o diário, a prova de paternidade através de testes de DNA pode gerar vários processos judiciais para o reconhecimento dos filhos e o Vaticano “está preocupado com as indemnizações multimilionárias, como ocorre nos casos de abusos sexuais nos Estados Unidos”. O Vaticano pondera a hipótese de garantir os direitos sociais às mulheres e filhos de sacerdotes com um contrato civil que não os exclua da herança e permita que recebam o apelido dos padres, que poderão continuar a exercer a sua actividade. Os filhos herdariam os bens pessoais dos pais sacerdotes, mas “bens de benefícios eclesiásticos, propriedade da Igreja, continuam nas mãos desta”, acrescentou o diário italiano. O número de padres que vivem em união com mulheres e têm filhos é cada vez maior, especialmente na América Latina e em países europeus como a Áustria, apontou o jornal.
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