quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ex-presidente do Banco do Vaticano teme ser morto pela Igreja Católica

Gotti Tedeschi teme ser morto por integrantes da cúpula do Vaticano
Economista e ex-presidente do Banco do Vaticano, Ettore Tedeschi, entregou, para amigos, relatórios com as irregularidades da instituição. Ele teme ser morto por alguém da cúpula do Vaticano desde que começou a investigar algumas contas numeradas do banco, que seriam de dinheiro sujo de empresários, políticos e integrantes da máfia.
O economista Ettore Gotti Tedeschi, 67, ex-presidente do Banco do Vaticano, elaborou um relatório sobre as irregularidades da instituição para ser entregue a dois de seus amigos, um advogado e um jornalista do Corriere della Sera, caso ele venha a ser assassinado. A informação é do jornal El País.
A convite do papa Bento 16, de quem é amigo, Tedeschi, membro importante da ordem ultraconservadora Opus Dei, assumiu em 2009 o Instituto para Obras Religiosas (nome oficial do Banco do Vaticano) com a missão de tornar transparentes os seus demonstrativos, o que era (e continua sendo) uma exigência de instituições financeiras internacionais, de modo a evitar a lavagem de dinheiro.
O economista foi demitido sumariamente em maio, um dia depois da detenção de Paolo Gabriele, mordomo do papa, e apontado como um dos responsáveis pelo vazamento de documentos confidenciais do Vaticano.
A rede de intriga na Santa Sé que tem vindo à tona se apresenta tão densa, que, só pelo noticiário, é difícil localizar o seu eixo.
Fala-se que, além do dinheiro sujo do Banco do Vaticano, está em jogo o cargo de dom Carlo Maria Viganò, responsável pelo pelas aquisições de suprimentos – ele estaria atolado em casos de corrupção.
Há ainda uma versão de que tudo faz parte de um plano para assassinar Bento 16 e antecipar, assim, a sua substituição. Um dos inimigos de Tedeschi é o cardeal Tarcísio Bertone, secretário de Estado e um dos cogitados para suceder Bento 16, que está com 85 anos.
Se tantas implicações fossem apresentadas em um filme sobre o Vaticano, alguém poderia dizer que se trata de um enredo por demais fantasioso.

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