A Luz
“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam”, não
puderam resistir a ela. Deus é luz e nele não há trevas. As trevas não
fazem parte da criação original de Deus; elas são uma consequência do
pecado dos anjos em tempos ancestrais, e também do pecado do homem que
se disseminou a partir de Adão. Tecnicamente falando, as trevas não existem. Elas são apenas a
ausência de luz, um vazio igual ao encontrado no coração humano
arruinado pelo pecado original. Em Gênesis, quando Adão pecou, Deus
pergunta: “Adão, onde estás?”. Quando Deus pergunta algo a
você, não é porque ele quer saber, mas para despertar sua consciência.
Na prática Deus estava dizendo: “Adão, veja só onde você foi parar!” Mas Deus quer reverter essa condição, e para isso Jesus veio ao
mundo. A verdadeira luz estava no mundo, mas o mundo, que foi feito por
ele, não o conheceu. Veio para o povo que lhe pertencia, os judeus, mas
esse mesmo povo não o recebeu. Como insetos notívagos, que se escondem sob a pedra porque odeiam a
luz, nós fugimos de Jesus. Essa fuga faz parte dos sintomas causados
pelo pecado. Quando você me vê aqui falando de Jesus, não pense que fui
sempre assim. Eu também fugia da verdadeira luz, porém fazia isso da
forma mais sutil e enganosa: eu era um espiritualista. No meu modo espiritualista de pensar, Jesus não passava de um grande
mestre ou espírito iluminado. Eu o comparava a homens como Buda, Gandhi
e outros. E a idéia de divindade que eu tinha de Jesus era de alguém
que trazia em si algum tipo de centelha divina conquistada depois de
muita evolução através de sucessivas reencarnações. Mas não é de um Jesus assim que o evangelho fala. Ele fala de um
Jesus que é o verbo ou elemento originador de toda ação e realização, o
próprio Deus criador. Este Jesus um dia me incomodou, como deve
incomodar você se ainda não se converteu. Sabe por que? Porque a luz
revela todas as coisas. Ela revela aquilo que as trevas tentam
esconder. Sob a luz da presença de Jesus eu sou o que sou, meus pecados
vêm à tona e meus defeitos são manifestos. Ninguém fica indiferente à
luz. O que fazer? Posso voltar as costas para a luz, qual uma criança que
tapa os olhos com as mãos e pensa estar escondida. Mesmo assim a luz
continua ali, brilhando e denunciando quem eu sou e onde estou. Um dia
eu resisti, mas o amor de Jesus me constrangeu a reconhecer o meu
pecado e a deixar que ele me salvasse. Então, qual um filme fotográfico
que recebe uma superexposição à luz, todas as manchas desapareceram,
todos os meus pecados foram perdoados. Naquele dia Deus me fez seu
filho.
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