Jean Wyllys diz que bancada evangélica atua perseguindo homossexuais e religiões africanas. O
deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ) concedeu uma entrevista ao
jornal Correio Braziliense em que fala sobre seus confrontos com a
Frente Parlamentar Evangélica. Estes se dão principalmente nas
discussões sobre o projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122) e sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que institui o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Wyllys afirmou que a bancada evangélica trabalha para perseguir não
só os homossexuais, mas também as religiões minoritárias, de raiz
africana. “Eu não quero isso para o Brasil. Nós conquistamos a
democracia a muito custo, e eu não quero deixar que essa gente ameace a
nossa Constituição Cidadã”. Ressaltando que “não é inimigo dos evangélicos”, ele acrescenta que
“o movimento LGBT é inimigo dos fundamentalistas evangélicos”, diz,
associando os parlamentares cristãos a religiosos ‘fundamentalistas’,
mas ressalvando que existem exceções a essa ‘regra’. Segundo a matéria da publicação da capital federal, o deputado tem
boa disposição para a briga e conseguiu se posicionar em boa parte das
polêmicas da casa. “A política é o espaço para o enfrentamento”,
confirma o deputado pró-LGBT. Jean Wyllys disse que fez parte da pastoral da Igreja Católica, mas
aos 16 anos se afastou em virtude de sua sexualidade, quando assumiu
ser gay. Participante da edição de 2005 do reality show Big Brother Brasil,
ele disse que sua vida ficou muito exposta a partir do programa
veiculado pela TV Globo. Apesar de tentar fugir do universo das celebridades, Heloísa
Helena, presidente nacional do PSol, o convidou para entrar na vida
política.
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