A história do mundo está repleta de mostras da violência dos seres humanos contra o seu próximo. Entre os grandes genocídios das últimas décadas estão as guerras étnicas em Ruanda, com 800.000 mortos, da Armênia com 1 milhão e o Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões. Porém, um novo projeto está em andamento para contar uma história que nunca recebeu a atenção que merece: a campanha dos “ateus militantes” contra a fé na ex-União Soviética. Estima-se que o número de cristãos mortos pelo regime socialista ateu chega a 12 milhões. Esses dados são mostrados em detalhes no documentário “Martirizados na URSS”, que mostra as atrocidades dos regimes de Lênin, Stalin, Kruschev e outros. “O objetivo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas”, explica o produtor do filme “era eliminar a religião. Para atingir esse objetivo, eles destruíram igrejas, mesquitas, sinagogas, e todos os monumentos religiosos, bem como o envio em massa de pessoas religiosas para campos de trabalho forçado da Sibéria”. A Liga de militantes ateus, fundada em 1929, ajudou o governo soviético no assassinato de milhares de crentes e de seus líderes. Muitos templos foram convertidos em celeiros, depósitos e “museus do ateísmo”, enquanto eram realizados com frequências manifestações que promoviam o escárnio da religião e dos fieis. Ao longo da década de 1960, por exemplo, metade das igrejas ortodoxas russas foram fechadas, além de cinco de seus oito seminários. Os ortodoxos são a maior denominação cristã da região, mas também foram perseguidos os batistas, presbiterianos, metodistas e luteranos.
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