Na última sexta feira (16), a psicóloga Marisa Lobo foi julgada pelo Conselho de Ética do Conselho Regional de Psicologia(CRP) do Paraná devido a um processo iniciado há dois anos que teve como motivação sua expressão pública de fé nas redes sociais. A decisão do conselho na audiência foi pela cassação do registro profissional de Marisa Lobo. O relator do processo votou também pela censura pública, uma punição na qual é levada ao conhecimento geral, por meio de publicação na impressa oficial, que o profissional teria transgredido os princípios de sua profissão definidos pelo conselho regulamentador. De acordo com a psicóloga, ainda cabe recurso à decisão, que pode ser levada ao Conselho Federal de Psicologia (CFP), e até mesmo à justiça comum, caso seja necessário. Marisa Lobo informou também que seu advogado já está trabalhando no recurso e ressalta que durante o processo houve erros jurídicos, falta de respeito e humilhação.Ao comentar sobre o caso, Marisa Lobo citou casos semelhantes, como o da também psicóloga Rozangela Justino, que sofreu censura pública acusada de oferecer tratamentos contra a homossexualidade, e luta desde 2007 na justiça contra a decisão. Ela comentou também sobre a recente tentativa de cassação do registro de psicólogo do pastor Silas Malafaia, que foi entendido pelo Ministério Público como um caso de perseguição religiosA decisão do CRP motivou uma série de reações a favor da psicóloga. Foram diversas as manifestações ao seu favor, entre elas a da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tipificou a decisão do CRP como arbitrária. Em Curitiba, um grupo de cristãos saiu às ruas no último sábado em manifestação contra o CRM durante a Marcha para Jesus da cidade. Portando faixas com dizeres como #TodosContraPerseguiçãoReligiosa, os manifestantes protestavam contra a cassação do registro de Marisa Lobo. As reações se espalharam também pelas redes sociais, onde seguidores da psicóloga no Twitter criticaram a decisão afirmando, entre outras coisas, se tratar de “um crime contra a Constituição Brasileira”. Foram levantados também questionamentos se profissionais de outras confissões religiosas também teriam seu registro cassado por manifestar sua fé publicamente.
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