A glória de Deus é o resultado de sua natureza e de suas realizações. Ele é glorioso em seu caráter, porque existe nEle um estoque inesgotável de tudo o que é santo, puro, bom e amável. As realizações que fluem do seu caráter também são gloriosas. Deus tenciona que estas realizações manifestem às suas criaturas a sua bondade, a sua misericórdia e a sua justiça. Deus também está interessado em que a glória associada a tais realizações seja atribuída apenas a Ele.
Em nós mesmos, não existe nada do que podemos nos gloriar pois, quem nos faz diferentes de outros? O que temos que não tenhamos recebido do Deus de toda graça? Portanto, quão cuidadosos devemos ser em andar humildemente diante do Senhor! Visto que no universo há lugar somente para uma glória, no momento em que glorificamos a nós mesmos, nos colocamos em rivalidade para com o Altíssimo! O inseto que só existe há uma hora se glorificará diante do sol, que o esquentou para que nascesse? Se exaltará o vaso de barro, acima do que o moldou sobre a roda? A poeira do deserto contenderá com o redemoinho? As gotas do oceano lutarão contra a tempestade?
Todos os retos, “tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome”. Talvez, uma das mais difíceis lutas da vida cristã é aprender esta sentença: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (Salmos 115.1). Esta é uma lição que Deus está sempre nos ensinando e, às vezes, por meio da mais dura disciplina. Se o crente começa a gloriar-se: “Posso todas as coisas”, sem acrescentar: “Naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13 ARC), logo terá de lamentar: “Eu não sou nada” e afligir-se até ao pó. Quando fazemos algo para o Senhor, e Ele se agrada em aceitar nossas realizações, devemos lançar nossa coroa aos pés dEle e confessar: “Não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15.10)!
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