Os sócios da editora alemã Weltbild divulgaram nesta terça-feira, 22, que estão dispostos a vendê-la. A ideia da venda foi decidida depois que as polêmicas a respeito do material publicado pela editora ganhou novas discussões. A editora é propriedade de 12 dioceses católicas, da assistência espiritual aos militares de Berlim e da associação das dioceses alemãs. A empresa foi comprada há 30 anos, mas não deixou de produzir esse material considerado ofensivo pelos católicos mais conservadores. Há três anos que essa discussão veio a público questionando se estaria de acordo com os valores e as metas da Igreja católica o fato de a Weltbild publicar, entre outros livros, alguns de conteúdo erótico e esotérico. A venda da editora vai tentar diminuir a pressão em cima da Igreja Católica Alemã. Em 2009 a Weltbild quase foi vendida, mas a crise econômica freou as negociações que estavam em mais de um bilhão de euros. Ao reiniciar as discussões sobre os livros de conteúdo impróprio os sócios acharam melhor encontrar um comprador “o mais rapidamente possível” e assim se livrar das acusações de que a Igreja Católica estaria financiando esse tipo de conteúdo. O tema ganhou tanta repercussão que no sistema de busca do site da Weltbild não é possível mais encontrar nenhuma das 2.500 referências que antes tinha com a palavra “erótico”. Mas a Igreja ainda detém 50% do grupo de editoras Droemer Knaur e tem ainda 33,3% de participação na buecher.de, onde ainda é possível encontrar esse tipo de conteúdo. O faturamento anual das empresas editoriais é de mais de 1,6 bilhão de euros, mas de acordo com o diretor Carel Halff a venda de livros eróticos representa menos de 0,017% do faturamento ao longo de 2011. Apesar dessas explicações ele não consegue conter a indignação das pessoas e até mesmo do Papa Bento XVI que disse aos bispos alemãs que é tempo de “limitar energicamente a disseminação de material de conteúdo erótico ou pornográfico, inclusive pela internet”.
DW World
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