Ciente do potencial de seu capital político, a Assembleia de Deus está articulando a criação de um partido próprio para abrigar os líderes evangélicos que já tenham carreira política e os que aspirem mandatos eletivos. A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) é quem está à frente do projeto, a fim de dar legitimidade e união às diversas correntes políticas que existem nos variados ministérios assembleianos. O processo de coleta de assinaturas já foi iniciado, e o responsável por conduzir o projeto é o pastor Lélis Marinho, coordenador do Conselho Político da CGADB.
“Existe um pensamento em nos concentrarmos em um único partido, para que a nossa ação seja mais direcionada e eficaz. Como a lei eleitoral cria restrições para a migração de partido, as assinaturas para se criar uma nova sigla estão sendo providenciadas”, disse Marinho, de acordo com informações do jornal Valor Econômico. O pastor destacou ainda que apesar de Marina Silva (PSB) ser uma missionária assembleiana, ela não acatou prontamente as demandas apresentadas pela CGADB, dando mostras de que valorizará o cumprimento de propostas contidas em seu programa de governo.
“Vejo a ascensão de Marina como um avanço. É uma possibilidade de diálogo com o governo dentro de outro ponto de vista, mas com ela ainda estamos estabelecendo um diálogo. É curioso, mas temos que buscar interlocução com uma de nossas seguidoras. Ela não assumiu compromissos”, pontuou Marinho, antes de ponderar que muito provavelmente a candidata terá o voto dos fiéis da denominação: “A tendência do voto assembleano ir para ela é completamente natural. Somos a favor do Estado laico, mas um governante precisa ser alguém que tema a Deus. A falta de crença faz toda a diferença”, concluiu o pastor.
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