Um número impreciso de padres que trabalham no Vaticano ou fazem parte de congregações católicas presentes em Roma são homossexuais, segundo um livro que será lançado na Itália e que aborda um tema complicado para a Santa Sé, que exige total castidade dos religiosos.
O livro do jornalista Carmelo Abbate, “Sexo e o Vaticano, viagem secreta ao reino dos castos”, descreve, através de testemunhos anônimos, as relações amorosas entre os sacerdotes.
“Padres de todas as nacionalidades dividem suas vidas entre as austeras salas da Via della Conciliazione (a avenida que leva ao Vaticano) e a movimentada ‘Roma by night’”, afirma a editora italiana do livro, Piemme.
O livro também fala das relações amorosas estáveis dos padres com mulheres, da existência de filhos ilegítimos e menciona, inclusive, abortos clandestinos.
Abbate denuncia a cultura do sigilo e a vontade da Igreja de negar a realidade ante os desejos sexuais dos sacerdotes.
Em um artigo na revista Panorama, o jornalista também denunciou as aventuras noturnas dos padres homossexuais.
A diocese de Roma havia prometido punir com rigor esse tipo de comportamento que classificou de indigno.
O Vaticano não quis comentar o lançamento do livro.
A Santa Sé nega a existência de padres homossexuais, e procura encobrir casos que venham à tona. O Papa Bento XVI propôs, inclusive, uma melhor seleção para evitar que jovens com tendência homossexual entrem nos seminários.
Entrevistado pela AFP, o vaticanista Marco Tosatti recordou que se costuma generalizar sobre o tema e que podem existir padres com tendência homossexual, mas castos e piedosos.
Fonte: Veja
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