Graça e Paz.
Todos nós, em algum momento passamos por TEMPOS DIFÍCEIS. As nossas
preces não têm resposta, as dificuldades aumentam, os ventos são
contrários ao ponto de quase desistir da jornada. Lembro-me da épopeia
marítima das navegações com a ausência de ventos favoráveis e de como
foi necessário aprender a navegar, à bolina, porque como o poeta disse:
Navegar é preciso, viver não é preciso. (Mensagem, Fernando Pessoa). TEMPOS DIFÍCEIS deverão ser encarados como tempos de oportunidade,
tempos de experiência e também tempos de Deus. No Êxodo do Egipto para
a terra prometida, houve também TEMPOS DIFÍCEIS, como está escrito: “Lembra-te, porém, de todo o caminho que Iahweh teu Deus te fez
percorrer durante quarenta anos no deserto, afim de humilhar-te,
tentar-te e conhecer o que tinhas no coração: irias observar seus
mandamentos ou não? Ele te humilhou, fez com que sentisses fome e te
alimentou com o maná que nem tu nem teus pais conheciam, para te
mostrar que o homem não vive apenas de pão, mas que o homem vive de
tudo aquilo que procede da boca de Iahweh” Dt 8:2-3.
Muitos cristãos beberam da doutrina da prosperidade que nega TEMPOS
DIFÍCEIS. Muitos ficaram como que parados no momento dos TEMPOS
DIFÍCEIS, interrogaram-se, questionaram a fé, sentiram-se desprezados
pelos triunfalistas e de repentemente ficaram desiludidos e
abandonaram-se à procrastinação. Nem sempre o nosso adversário é Satanás e como lemos na Escritura, o
próprio Iahweh nos abandona por momentos como fez com o Senhor Jesus na
crucificação, como está Escrito: e, à hora nona, Jesus deu um grande
grito, dizendo: “Eloi, Eloi, lemá sabachtháni? que, traduzido,
significa: Deus meu, Deus meu, porque me abandonaste?” Mc 15:34. O viver cristão precisa de ser encarado como um alvo determinado, a
saber: Portanto, também nós, com tal nuvem de testemunhas ao nosso
redor, rejeitando todo o fardo e o pecado que nos envolve, corramos com
perseverança para o certame que nos é proposto, com os olhos fixos
naquele que é o iniciador e consumador da fé, Jesus, que, em vez da
alegria que lhe foi proposta, sofreu a cruz, desprezando a vergonha, e
se assentou à direita do trono de Deus”, Hb 12:1 e 2. “Visto que recebemos um reino inabalável, guardemos bem esta graça.
Por ela, sirvamos a Deus de modo que lhe seja agradável, com submissão
e temor. Pois o nosso Deus é um fogo abrasador! Hb 12:28“.
Amilcar e Isabel Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário