Designamos por céu o que está acima da superfície da terra e também chamamos de inferno o que está abaixo da superfície da terra. Ninguém sabe o que é o céu porque a Bíblia nada nos fala e nem homem algum nos veio contar o que lá há e, no entanto, é para lá que todos os cristãos desejam ir. O pavor da morte é que nos suscita o desejo de viver no céu. Há tempos, li um livro de uma mulher que afirmou ter ido ao céu. Ainda não tinha visto ao Senhor e por essa razão purificava-se em fontes de água e deslumbrava-se ao ver o rei David tocando harpa num carro de oiro. Também disse que viu Moisés e que este lhe acenou. Tenho para comigo que o céu desta mulher foi o dinheiro que conseguiu ganhar, explorando a ingenuidade dos que leram o seu livro.
O Apóstolo Paulo chegou ao sétimo céu e achou por bem nada revelar e isto digo eu para não suscitar desejos apressados aos que vivem neste mar de lágrimas. Platão na sua parábola da caverna procurou iluminar-nos com uma alegoria sobre a cegueira que vivemos e a realidade das coisas que imaginamos. Seja como for a Bíblia nada nos fala sobre o que havia antes da criação. Os primeiros onze capítulos do Livro de Gênesis nada nos falam sobre o que era antes da criação ou, se preferir, numa linguagem moderna científica o que era antes do Big Bang.
A prova científica recentemente revelada de Albert Einstein só tem efeito espetacular se considerarmos a compreensão da matéria ou da física, nada mais. Até mesmo o tempo só pode ser contado e avaliado segundo a física, a matéria. Não podemos medir o espiritual como também não podemos entender a metafísica. Isto não significa que não exista a poesia e que o homem não seja um ser emocional. Comecei a idear que a matéria não é o absoluto, logo não representa a anti matéria. Também o homem não é um ser absoluto porque depende de quem o criou.
A vida sim, é um ser absoluto e por esta razão, nos é afirmado de que Deus é a vida e a vida é a luz dos homens e também que estes amaram mais as trevas que a luz, porém nem todos, mas a todos que n’Ele creem Deus lhes dá a vida eterna e esta vida é o céu, Teologia Joanina. O que Abrão almejava não era a Jerusalém terrena mas a cidade que desce do céu e esta está simbolizada em Apocalipse. Para alguns que nunca foram ao céu o imaginam com ruas de oiro mar de cristal sem sol e sem lua. Eu imagino o céu com a pessoa do Cristo ressuscitado.
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