A filosofia de que o bem e o mal são duas faces da mesma moeda, e de que um se encontra no outro é completamente contrária ao ensino das Escrituras e também contraria o que ensina a própria natureza, pois é bem sabido que o somatório de luz e trevas não produz nem trevas, e nem luz, mas penumbra, obscuridade. E somos chamados a ser luz no mundo, e não trevas e nem penumbra. Some-se à verdade a mentira e temos como resultado o engano e a falsidade. À sobriedade, a intemperança, e temos inconstância e inconfiabilidade. À esperança, a incredulidade, e o resultado é a incerteza. E assim sucede com todas as demais virtudes às quais juntemos os males que lhes são contrários… O resultado
nunca será o comportamento justo e santo que Deus demanda de todos os seus filhos. É isto o que explica a necessidade que temos da santificação, pela qual nossos pecados são mortificados e nosso ser purificado pelo revestimento progressivo das virtudes de Jesus Cristo. Um pouco de fermento leveda toda a massa. As más conversações corrompem os bons costumes. Bem-aventurado aquele que distingue o precioso do que é vil e que se aplica à pratica constante do bem, provando e aprovando o que é bom, justo, louvável e de boa fama. O que caminha na luz terá comunhão com Deus, porque Deus é luz e não há nele treva alguma. Azul misturado com amarelo sempre dará como resultado o verde, e nunca azul ou amarelo.
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