Um protesto pró-LGBT realizado na Universidade Federal do Ceará (UFC) extrapolou o direito à liberdade de expressão segundo a Ordem dos Advogados do Brasil no estado. A Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-CE emitiu uma nota com críticas à performance do ator Ari Areia, em que ele, seminu, extraiu seu próprio sangue para jogar sobre um crucifixo, em manifestação contrária à visão cristã sobre a homossexualidade. A “performance artística” de Areia aconteceu dia 17 de maio durante o seminário “Conversas empoderadas e despudoradas sobre gênero, sexualidade e subjetividades”. O ator usava apenas um tapa-sexo e drenou sangue de seu braço através de um acesso intravenoso e jogou sobre uma imagem de Jesus crucificado.
Além das críticas feitas a Areia pela OAB-CE, a Assembleia Legislativa do Estado também se posicionou em repúdio. A nota da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-CE foi publicada após um encontro em que os membros do colegiado debateram o polêmico protesto. Na ocasião, Ari Areia foi convidado para expressar seu ponto de vista, mas não compareceu. A nota pontua que a Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-CE irá “oficiar ao Ministério Público Federal para que investigue a conduta do ator e dos demais agentes responsáveis pela exibição da peça, tomando as medidas que julgar apropriadas para restaurar o império da lei, da paz e da tolerância”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário