Nesta terça-feira (4) os muçulmanos xiitas participaram da celebração “Ashura” que relembra a morte de Imam Hussein, neto do profeta Maomé que morreu no ano 680 durante uma batalha. Nesta festa religiosa, os xiitas mutilam os próprios corpos para recordar a forma dolorosa como Hussein foi morto: decapitado e com o corpo mutilado. As imagens da festa que acontece no Afeganistão, Índia, Iraque, Líbano e Paquistão são fortíssimas e mostram os xiitas ensanguentados com ferimentos pelo corpo.
O autoflagelo é feito com lanças, facas, espadas e objetos ponteagudos que atingem principalmente a cabeça, costas e pernas. Fazer a pele sangrar é um símbolo de luto para a cultura xiita e também há a crença de que o ritual serve para “limpar os pecados”. Além dos homens, os meninos também participam da Ashura, e recebem castigos como cortes na testa para serem purificadas. Antes do início do autoflagelo, os religiosos participam de uma procissão vestidos de branco.
A Ashura não é aceita por todos os muçulmanos, os jihadistas do Estado Islâmico, por exemplo, condenam a festividade e chegaram a atacar alguns pontos em Bagdá deixando dezenas de mortos. Os ataques começaram no domingo quando 23 pessoas morreram, na segunda outro ataque deixou 10 mortos na capital iraquiana e cinco mortos em Nahraw onde outras 11 pessoas ficaram feridas. Uma bomba também foi lançada pelos terroristas no bairro de Amil deixando três mortos e 11 feridos.
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